Tenho sede de Evolução.

Essa frase marcou a entrevista de Luana Piovani a Marília Gabriela no programa de ontem De Frente com Gabi, no SBT. Assim que vi a Luana parei o zapping do controle remoto e fiquei prestando atenção no que ela falava, para minha sorte tudo o que ela falava eu queria ouvir.

Luana falou da dificuldade que é manter um espetáculo infantil de grande porte no Brasil, do preconceito dos patrocinadores e dos próprios atores, que segundo ela, fazem do infantil uma passagem, um trampolim, apenas....ela disse, inclusive, que quando procurava atores para encenar suas peças, muitos eram categóricos ao dizer “Eu não faço mais infantil”. Eu fiquei passada, mas caí na real de que esta é uma verdade brasileira.

Quando perguntada sobre Dado Dolabella, ela falou tudo e explicou que seu maior erro foi ter voltado para ele depois que ele agrediu a própria mãe, imagine só? A mãe que segura as pontas dele toda vez que ele faz uma besteira e ainda mostra a cara nas TVs para defendê-lo......

E sobre a Gabi, o que falar? Acho a Gabi uma super apresentadora por que ela pergunta mesmo o que a gente quer saber, mas acho também que no Roda Viva, ela fica meio apagada em meio aos outros companheiros de bancada. É só uma opinião.

Sim, mas voltando a Luana, ela revelou que faz análise e que já fez terapia, Marília perguntou a diferença, mas a resposta não convenceu nem a mim e nem a entrevistadora e talvez não tenha convencido sequer a atriz. Ela falou que nas consultas ela e seu analista tentam entender por que as pessoas têm essa imagem distorcida dela, a acham metida, esnobe, enfim.... Luana disse que era muito humilde e não entendia que pelo simples fato de ela não ser amiga dos paparazzi, ela era tão odiada!

Luana falou que não faz a social com ninguém, não desce da sua festa para distribuir doces aos fotógrafos e não fica de tchauzinhos para lá e para cá, como a gente vê por aí.....acho certíssima! Não gosto de atrizes ou cantoras só por que elas adoram ser fotografas o tempo inteiro e fazendo nada. A Carolina Dieckmann é um exemplo disso, ninguém gosta dela, mas ela ultimamente está fazendo um esforço para ser simpática, que tá doendo!

Bom, descobri que eu e Luana temos algo em comum: não fazemos média e infelizmente não acreditamos mais que podemos mudar o mundo, não por falta de vontade, mas pela cegueira plantada que existe, pela falta de solidariedade, da burocracia sem fim entre tantas cositas mas.

Essa ilusão gostosa que move a gente por tanto tempo, mas que vai se esvaindo, parece que até que nos entregamos......pode até ser. Essa sensação do NÃO DÁ é horrível, mas como ela mesma disse na entrevista “Eu tenho sede de evolução” e eu, mais do que torcer pela evolução dos homens, torço, principalmente, pela minha.

O caminho é longo, mas tô tentando não fraquejar, não desistir ... por que no fundinho a gente acaba acreditando que tudo pode mudar para melhor e que não é fazendo média com deus, diabo, TV globo, igreja e etc. é que a gente vai conseguir.